November 20, 2023
A agricultura moderna utiliza muitas ferramentas que otimizam a produção agrícola. Neste contexto, a pulverização aérea ganha destaque pela sua eficiência e possibilidades. No entanto, o impacto ambiental dessa operação ainda gera controvérsias.
Pessoas que desconhecem as características desse método dizem que ele causa prejuízos ao meio ambiente e à população que vive no entorno das áreas das áreas de cultivo.
De fato, o impacto ambiental da pulverização aérea pode ser elevado caso este método seja realizado sem planejamento e gestão ou se os equipamentos foram mal ajustados.
Assim, cabe aos gestores desse manejo adotarem estratégias específicas para reduzir impactos negativos e tornar a pulverização aérea mais sustentável.
Os cuidados com as lavouras exigem total proteção contra pragas e doenças, além da manutenção adequada da fertilidade do solo. Por isso, boas produtividades dependem, cada vez mais, da pulverização agrícola.
Este processo pode ser realizado por via terrestre (pulverizador manual, acoplado, de arrasto e automotriz) e por via aérea, realizada através de aviões, helicópteros e drones.
Dentre essas opções, a pulverização aérea tem crescido bastante nos últimos anos devido às suas muitas possibilidades.
Quando as plantas atingem alturas elevadas, essa é a única alternativa para proteger as plantações das pragas. Este é o caso das espécies florestais e de algumas culturas como a cana-de-açúcar, a banana, a laranja e o café.
Além de garantir um manejo muito mais preciso, os aviões agrícolas não têm contato com o solo, portanto não causam danos à plantação, como o amassamento das culturas e a compactação do solo.
A urgência da aplicação em caso de pragas muito agressivas é outro fator que estimula esse tipo de aplicação. Há pragas que podem destruir uma plantação em poucos dias. Para o rápido combate das pragas somente o avião oferece uma ação mais efetiva.
Mesmo com as muitas vantagens apresentadas, o emprego da pulverização aérea ainda causa muita controvérsia, com muitas entidades ainda defendendo que essa técnica seja banida em razão do seu alto impacto ambiental.
Essas entidades destacam que o defensivo químico lançado pelo avião agrícola pulveriza as lavouras e protege as plantações e o futuro dos grãos, mas também provoca um dano ambiental gravíssimo em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal.
Outra preocupação de entidades ambientais é a suposta falta de regularização dos aviões utilizados na atividade e principalmente a eficácia das fiscalizações ambientais contra irregularidades.
Além disso, outro fator que não gera tanta preocupação, mas é muito sério, é a falta de gestão e monitoramento da pulverização. Quando estes pontos não são considerados, há o risco de pulverizar a área com doses maiores ou menores que o recomendado.
Isso, além do alto impacto ambiental, pode contribuir com a seleção de pragas e doenças resistentes àquele produto, que pode se tornar obsoleto. Tal fato é ruim para o produtor, que pode perder sua produção, e para a indústria, que pode levar décadas para desenvolver novos produtos.
Exatamente por isso, é fundamental que exista uma maior colaboração entre produtores rurais, indústria e governos para criar um futuro agrícola mais sustentável.
Muitos produtores que ainda têm receio de usar a pulverização aérea optam pela pulverização terrestre. No entanto, esse método também tem muitos problemas que precisam ser considerados.
Inicialmente, vale salientar que a pulverização terrestre pode disseminar doenças de uma lavoura a outra por meio de tratores e implementos. Quando a pulverização é aérea, não há esse contato, dificultando a propagação de pragas de uma lavoura para outra.
Além disso, o amassamento é outro ponto que age contra a pulverização tratorizada ou de arrasto. Segundo estudos, a atividade pode prejudicar de duas a três sacas por hectare por conta do amassamento. O avião agrícola, por sua vez, aplica os defensivos sem contato com as plantas.
Outro ponto de destaque são as rígidas normas e regulamentações. Diferentemente do que muita gente pensa, na pulverização aérea existe uma regulamentação específica, rígido controle e fiscalização da pulverização aérea de defensivos.
Quem fiscaliza é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e todo o procedimento e estabelecimento de normas e exigências é realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Por fim, contradizendo o pensamento popular, a aviação aérea é mais segura. Por necessitar de profissionais altamente capacitados e rígidas regras, o controle de qualidade é muito maior, garantindo segurança para a lavoura e o meio ambiente.
Ou seja, é possível afirmar que o uso de aviões, desde que seja bem planejado, garante uma pulverização sustentável e com reduzido impacto ambiental.
Com o avanço das tecnologias de aplicação, a pulverização aérea é hoje muito mais segura e sustentável quando comparada há alguns anos.
Mas, é importante que produtores entendam que não basta utilizar os equipamentos certos para a aplicação de defensivos. A eficiência desse manejo também depende da gestão completa de todo o processo.
Para isso, o uso de ferramentas de gestão é fundamental. Softwares de gestão, por exemplo, são capazes de ler os dados gravados nos arquivos do GPS da aeronave agrícola, gerando insights para a tomada de decisão.
A ferramenta também produz relatórios que incluem mapas visuais da aplicação e informações que permitem a você analisar a qualidade da ação. Além disso, visualiza com precisão, por meio de mapas e índices, a qualidade e o rendimento da aplicação de agroquímicos.
Em síntese, a análise de dados da operação possibilita identificar:
Assim, o grande objetivo dessas soluções é a correção de erros comuns nesse processo, reduzindo o custo do produtor e o impacto ambiental da aplicação aérea.
Continue acompanhando o blog da Perfect Flight e saiba tudo sobre a pulverização aérea e suas medidas de gestão.
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