January 25, 2024
Quem trabalha com a safra de algodão sabe que ela é muito sensível à ocorrência de doenças e deficiência nutricional. Por outro lado, é muito responsiva ao manejo bem realizado.
Neste contexto, é necessário garantir um ambiente ótimo para a cultura, o que envolve práticas agronômicas e o uso estratégico de ferramentas digitais, caso do mapeamento da lavoura.
O mapeamento é fundamental para ajudar o cotonicultor a planejar estrategicamente uma pulverização mais inteligente da safra de algodão, garantindo uma lavoura mais saudável e maximizando a eficiência dessa operação, que pode ser realizada até 20 vezes durante todo o ciclo.
Dessa forma, convidamos você a entender a importância do mapeamento do algodoeiro na garantia de uma pulverização mais inteligente, otimizada e que maximize a eficiência da produção.
Um dos carros-chefes do agronegócio brasileiro, o algodão elevou o país ao patamar de grande produtor mundial, além de ser um dos cinco maiores exportadores.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a safra brasileira de 2022/23 atingiu a marca de 3,27 milhões de toneladas da pluma, representando um aumento notável de 28% em comparação com a safra anterior.
Porém, o algodão possui um modelo de cultivo muito sensível, exigindo atenção redobrada quanto ao ataque de pragas. Tal fato justifica o fato de essa ser uma das lavouras que mais demandam pulverização durante seu ciclo.
Entre as espécies causadoras de maiores danos à cultura, o bicudo (Anthonomus grandis) se destaca por causar perdas de produtividade e rentabilidade, caso não seja controlada no momento certo.
Por essa razão, as aplicações aéreas de defensivos são bastante demandadas pelos produtores. Além de eficiente e segura, a pulverização aérea leva economia, uniformidade e maior concentração do produto para as lavouras de algodão, sendo decisivas no controle do bicudo.
Mas, tão importante quanto realizar as pulverizações, é fazer isso de uma forma inteligente. Ou seja, a pulverização inteligente se baseia em um sistema de aplicação em taxa variável que visa distribuir as doses aplicadas de acordo com as necessidades da lavoura.
Através do mapeamento da área de cultivo é possível fazer a calibragem das doses de aplicação de produtos químicos. Consequentemente, o agricultor ganha muito mais rendimento operacional e eficiência na aplicação.
Em qualquer cultura, a aplicação localizada de insumos em taxa variável representa um grande avanço tecnológico. Com o apoio de sensores, que fazem a leitura das condições do cultivo, esse processo é ainda mais eficiente, tornando a operação mais precisa.
Mas, para colocar isso em prática, o agricultor precisa entender que a agricultura de precisão envolve três elementos críticos:
Porém, investir em sensores, GPS e em mapeamentos somente eleva o custo da operação se nada for feito com os resultados gerados pela tecnologia.
Uma forma de obter retorno sobre o investimento é pela aplicação localizada de insumos em taxa variável - VRT (Variable Rate Technology). Essa estratégia está cada vez mais comum no Brasil, devido à possibilidade de mapeamento da fertilidade do solo.
Para a safra de algodão mapear o índice de vegetação é o ponto-chave da aplicação em VRT de regulador de crescimento.
A partir dos mapas do índice de vegetação (NDVI), que é o IV mais conhecido e utilizado, é possível realizar a recomendação das doses do insumo e a elaboração do mapa de prescrição.
Além das práticas e operações, que devem ser realizadas corretamente, o manejo da cultura do algodão exige um monitoramento constante das condições da lavoura, do clima, da população de plantas daninhas e de pragas e do crescimento vegetativo da planta de algodão.
Assim, junto do monitoramento visual, o cotonicultor pode utilizar ferramentas específicas de mapeamento para obter informações que podem orientar diversas recomendações, como a aplicação de defensivos de acordo com o desenvolvimento da cultura.
Além disso, o produtor pode usar essas ferramentas para coletar informações durante as operações de pulverização. Esses dados, quando processados, servem de base para gerar mapas e relatórios, que permitem ter insights e tomar decisões mais assertivas, maximizando a produtividade e a rentabilidade da safra de algodão.
Com esses dados, os cotonicultores, principalmente aqueles que têm grandes plantações, podem então, contar com um sistema que permite aplicar as doses certas de defensivos na área, com maior exatidão e sem desperdícios.
Ou seja, se você tem uma grande lavoura de algodão, otimizar a pulverização por meio da geração de mapas de pulverização, é quase que uma obrigação.
Portanto, adotar as tecnologias de pulverização inteligente são ideais para promover a eficiência, a sustentabilidade e o sucesso das operações agrícolas, culminando em uma safra de algodão mais produtiva.
A Inteligência Artificial vem ganhando cada vez maior participação na pulverização agrícola. Leia este artigo e entenda a razão e as possibilidades de aplicação da IA.
Tags